domingo, 7 de junho de 2009

Quem eu penso que sou?



Geralmente os grande parques de diversões (como o PlayCenter em São Paulo) têm uma Casa dos Espelhos. Se você nunca foi a uma, com certeza já viu em desenhos animados, não é mesmo?
O que acontece quando estamos na frente desses espelhos? Ficamos altos, baixos, gordos, magros, musculosos, raquíticos, etc. Eles foram projetados para mudarem nossa fisionomia, nos fazendo ver aquilo que não somos realmente.
Às vezes fazemos isso conosco também. Projetamos espelhos que nos enganam. Achamos que somos o que não somos. Na maioria das vezes nos achamos piores do que realmente somos. Mas será que estamos certos? O espelho que construímos é bom mesmo? Ou nos mostra o que não somos?
Como você se vê?



1. O que é auto-imagem?

A Palavra de Deus diz: "…digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém…" A primeira implicação do texto é que todos pensam alguma coisa a respeito de si mesmo. Auto-imagem é isso. É o conceito que fazemos de nós mesmos. Achar alguém que nunca tenha pensado nada a respeito de si mesmo vai ser tão difícil quanto achar alguém que não tenha reflexo diante do espelho.
"Já entendi. Mas por que preciso estudar isso? Você não tem nada a ver com minha vida!" Leia novamente o versículo acima. Você é capaz de dizer qual é o assunto que Paulo está tratando? Ele está escrevendo sobre os dons espirituais e sobre como sendo membros diferentes ainda assim pertencemos a um só corpo. Falar, portanto, sobre auto-imagem é muito mais do que falar sobre um indivíduo apenas. É falar sobre toda a Igreja de Cristo. Você não acha isso importante?

2. Eu: nem mais nem menos

Nós agimos de acordo com o que pensamos que somos. Sobre isso, Salomão escreveu: "…como imagina em sua alma, assim ele é…" (Pv 23.7). Como já vimos também: "digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação" (Rm 12.3) e: "…não sejais sábios aos vossos próprios olhos." (Rm 12.16).
Alguns se acham melhores do que os outros ou pelo menos agem como se o fossem. Por vezes a presença de uma pessoa assim chega até a incomodar de tanto que faz propaganda de si mesma e, na maioria das vezes, não constrói nada de bom, apenas destrói. Você conhece alguém assim?
Na verdade este "complexo de superioridade" é apenas um disfarce. Essa máscara de "eu sou melhor" apenas esconde insegurança e um profundo desejo de ser aceito pelos amigos. Assim já dizia um antigo provérbio: "Quem fala, não sabe. Quem sabe, não fala."
Por outro lado existem aqueles que se inferiorizam. Na igreja esse sentimento de inferioridade é muitas vezes camuflado. Essas pessoas que se sentem inferiores põem uma plaquinha na testa escrita: "Sou humilde". Humildade, entretanto, não tem nada a ver com inferioridade e nem com covardia. Uma vez ouvi um pastor falando: "O ser humano já nasce vitorioso." Sempre penso muito nisso, principalmente quando me recordo da explicação dessa frase: "A concepção é o resultado de uma corrida. Milhões de espermatozóides disputam para ver quem vai fecundar o óvulo primeiro. Vence o mais forte e mais rápido." O pastor concluiu dizendo que somos o melhor que nossos pais poderiam produzir. Por isso, nascemos já vencedores.
Nem um extremo, nem outro; nem mais nem menos; mas como diz o texto, com moderação.

3. Uma auto-imagem equilibrada

O jeito é nos aceitarmos como somos. Nada de nos acharmos sábios demais, porém, sem nos desvalorizamos. É necessário termos uma auto-imagem equilibrada.
Não temos apenas defeitos ou qualidades. Alguém que tem uma auto-imagem equilibrada conhece suas potencialidades e seus limites. Desenvolve suas qualidades e aprende a conviver com seus defeitos, tentando minimizá-los pelo poder do Espírito Santo. Você é assim? Vamos fazer um teste. Tente escrever em um papel cinco qualidades e cinco defeitos que você acha que lhe são peculiares. Se quiser averiguar se suas respostas fazem jus a realidade, peça para outras pessoas em quem você confia fazerem o mesmo sobre você. Compare suas respostas com as delas.

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